#Resenha | “Vingança da Maré” - Elizabeth Haynes
Editora Intrínseca | 2013 | 288 Páginas Depois de trabalhar arduamente por muito tempo alternando um emprego como executiva de vendas durante o dia com o de dançarina de pole dance à noite, Genevieve finalmente conseguiu juntar dinheiro para realizar seu sonho: comprar e reformar um barco e mudar-se para Kent, bem longe da estressante vida em Londres que tanto a aborrece.Tudo parece enfim perfeito. Até que, na festa de inauguração do barco, enquanto amigos de sua velha vida parecem zombar do que agora lhe é tão caro, um corpo aparece boiando próximo ao ancoradouro, e Genevieve reconhece a vítima. Ao perceber seu santuário flutuante maculado, e convencida de que sua vida também está em risco, Genevieve se vê novamente envolvida com o perigoso submundo de corrupção, crimes e traição do qual pensava ter finalmente escapado. E está prestes a descobrir os problemas de misturar negócios e prazer.
O grande problema da capa de “Vingança da Maré” é que ela não combina com o clima do livro... na verdade, muita coisa não combina nessa história! Não é que seja uma história ruim, a história é muito boa, mas o final é deprimente, você entende que a autora perdeu a linha em algum momento, só não consegue identificar onde...
Elizabeth Haynes ficou conhecida por seu livro “No Escuro” que eu ainda não li, só que sei bem sobre ele por causa da aclamação da critica! Meu amigo Paulo leu ele enquanto eu lia o “Vingança da Maré” e fez uma resenha lá no Linhas Erradas, clica aqui pra ver... e vamos logo começar a falar desse livro!
Elizabeth poderia ter desenvolvido uma personalidade melhor para a Genevive, na maior parte da história ela é uma moça que decidiu seguir os próprios sonhos e lutou pra que isso acontecesse o mais rápido possível, mesmo assim ela é mimada, arrogante, egoísta e aproveitadora... tem como gostar de alguém assim? Pra piorar a situação ela é tão burra quanto uma porta, na verdade portas são mais inteligentes que ela... é sério!
O crime da história tinha tudo pra ser a salvação da narrativa, primeiro pelas circunstancias em que aconteceu e por causa das pontas que ligavam a vitima ao passado que a protagonista insistia em esconder.. mas quando a autora enfim decide visitar esse passado, o crime acaba se tornando apenas mais um acontecimento do amontoado de coisas que vem a seguir e a história muda completamente de foco. O grande trunfo é um pacote misterioso que caiu sob a proteção de Genevive, mas até isso acaba perdendo todo o sentido quando é revelado no final!
A autora deixou um monte de pontas soltas e pelo menos meia duzia de perguntas sem respostas, eu acho que a critica gostou da história por que ela foge do clichê que os thrillers de suspense sempre carregam nas costas, mas eu sou sincero em dizer que aqui um pouco de clichê era tudo o que nós estávamos precisando... eu já disse na resenha de “O Bicho da Seda” que o mercado precisa muito de novos autores de suspense, e que esses autores tem todo o direito de se desapegar do passado e escrever histórias que passam longe do modelo fixado pelos clássicos, mas se essa era a intenção da autora aqui, ela errou feio!
Num intervalo de poucas horas ele deixara de ser um colega, um amigo, alguém para quem eu estava fazendo um favor, e partiu meu coração, me deixando para trás.
Eu acho que é a primeira vez que eu falo mal de um livro aqui no blog e estou me sentindo meio triste por causa disso... A narrativa do livro é muito boa, todos os parenteses que são abertos acabam te prendendo na história, mas o final é realmente muito chocante, e eu não digo isso de um jeito bom! Pra quem quiser conferir, o livro custa em média $15,00 e foi publicado aqui no Brasil pela Editora Intrínseca. Se você gostar, vem me dizer qual é o meu problema HAHAHA! Um beijo e um cheiro no cangote de vocês, aproveitem seus livros ♥
RENAN RIBEIRO
Geminiano, quer ser escritor e jornalista, vive estudando e trabalhando mas sonha com o dia em que vai passar muito mais tempo criando romances sentado na varanda da casa de praia em algum lugar paradisíaco do Brasil, viciado em café, catuaba e cachorro quente, alguns dizem que ele não é uma boa companhia... clica aqui pra conhecer a equipe!
SEGUE ELE POR AÍ
SEGUE ELE POR AÍ
